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PId0355 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Aceitabilidade imediata quanto ao uso de protetor bucal personalizado por praticantes de esportes: resultados preliminares
Matheus Cesar da Silva Parada, Mariana Pires da Costa, Lívia Machado da Silva Lebre, Letícia Lopes de Almeida da Silva, Breno Pereira Caetano, Tiago Braga Rabello, Marcela Baraúna Magno, Lucianne Cople Maia
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a aceitabilidade imediata quanto ao uso de protetor bucal (PB) em praticantes de esportes. Indivíduos entre 08 e 25 anos, que praticavam esportes no mínimo 2 vezes na semana, foram incluídos e, após anamnese, exame clínico e moldagem, o PB personalizado foi confeccionado. Informações sobre o histórico de traumatismo dentário (TD) e uso de PB foram coletadas. Um questionário de aceitabilidade com 26 questões (variando de 0 a 52 pontos), incluindo domínios relacionados ao 'indivíduo' (n=21) e ao 'PB' (n=5), foi aplicado antes (T0) e 10 minutos após o uso do PB ainda dentro do consultório odontológico (T1). ANOVA para medidas repetidas foi aplicada para comparação dos valores totais da aceitabilidade em T0 e T1, e para avaliar a influência das variáveis "tipo de esporte" (luta/não luta), "histórico de TD" (sim/não) e "uso prévio de PB" (sim/não). Diferenças entre a aceitabilidade nos domínios 'indivíduo' e 'PB' foram avaliadas através dos testes t para medidas repetidas e Wilcoxon, respectivamente (α=5%). Dos 10 participantes incluídos (15,4±6,5 anos), 90% eram meninos, 60% praticavam lutas e 40% futebol, 30% reportaram que já haviam sofrido TD, 40% (n=4) já usavam PB, sendo 3 do tipo II e 1 do tipo I. Nenhum participante havia usado o PB personalizado (tipo III). A entrega e uso do PB no consultório odontológico não influenciou na aceitabilidade imediata deste dispositivo pelos participantes (T0 = 10,3±7,44 e T1 = 6,80±4,47; p=0,059), nem nos domínios incluídos (p>0,05). Nenhuma das variáveis independentes influenciou no desfecho avaliado (p>0,05).

Não houve alteração na aceitabilidade quanto ao uso imediato de PB personalizado, e esta não sofreu influência do tipo de esporte praticado, histórico de TD e uso prévio de PB.

(Apoio: PIBIC UFRJ)
PId0356 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Perspectivas da oferta do pré-natal odontológico: percepção dos profissionais de saúde
Henrique Cerva de Melo, Vânia Maria Godoy Pimenta Barroso, Natália Correia Fonseca de Castro, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, Najara Barbosa da Rocha, Camilla Aparecida Silva de Oliveira, Rafaela da Silveira Pinto, Lívia Guimarães Zina
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi analisar a oferta do pré-natal odontológico (PNO) por meio da percepção dos profissionais de saúde envolvidos com o cuidado da gestante. Trata-se da etapa quantitativa de um estudo de método misto conduzido com cirurgiões-dentistas (CD) (n=28), enfermeiras (n=14) e médicos (n=11), vinculados ao serviço público de saúde do município de Mariana/MG, através de uma amostra representativa. Foi aplicado um questionário semiestruturado, previamente testado, através do Google Forms. Obteve-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de todos os participantes e realizada análise estatística descritiva dos dados (software SPSS). Cerca de 89% dos CD atendem gestantes. Para os CD, a urgência é a via de acesso mais frequente ao atendimento odontológico à gestante, enquanto médicos e enfermeiras destacam o encaminhamento pela equipe de saúde. Como barreiras para o PNO, CD e médicos ressaltam aspectos individuais, ao passo que enfermeiras priorizam fatores sociais/contextuais. Entre CD, 64,3% não participam de atividades coletivas para gestantes. O trabalho interprofissional é mais perceptível às enfermeiras (50%), do que médicos (0%) e CD (14,3%). Enquanto 75% dos CD já receberam alguma capacitação para o PNO em seus cursos de graduação, mais da metade dos médicos (81,8%) e enfermeiras (78,6%) nunca foram treinados sobre o assunto. Apesar disso, todos os médicos e enfermeiras consideram seguro o tratamento odontológico da gestante.

A oferta do PNO é garantida pelo envolvimento dos profissionais da saúde. Contudo, há visões diferentes entre CD, médicos e enfermeiras acerca do PNO. É nítida a necessidade de aprimoramento do trabalho interprofissional para qualificar a oferta do cuidado odontológico à gestante.

(Apoio: CAPES)
PId0357 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Associação entre vulnerabilidade social e cárie dentária de início precoce
Isadora Maria Paiva Simplício, Maria Clara Lima Barbosa Cardoso, Camille de Sousa Veloso, Nara Cybele Gomes Alves, Karyne Barreto Gonçalves Marques, Paulo Leonardo Ponte Marques
Odontologia UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetiva analisar a associação entre fatores socioeconômicos e condição de saúde bucal de crianças na primeira infância em situação de vulnerabilidade social em uma instituição não governamental de referência no Brasil. Estudo observacional, transversal, quantitativo. Dados coletados no primeiro semestre de 2023. Participaram 100 crianças de 5 a 6 anos. Coleta de dados em duas fases: aplicação de um formulário com os responsáveis para caracterização socioeconômica, demográfica e acesso aos serviços odontológicos; exame bucal das crianças. Dados analisados estatisticamente no software SPSS 27.0. Utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, Qui-Quadrado de Pearson e Correlação de Spearman p<0,05. Maioria (n=71, 71%) apresentava cárie dentária. Somente presença de água encanada apresentou diferença estatística (p=0.005), o percentual de (71,3%) com água encanada sem dor dentária. As correlações significativas foram testadas em regressão linear múltipla, verificaram-se que o número de cômodos (p=0,023) e o valor da renda (p=0,022) são valores preditivos para os índices de ceo-d coletados. Já o grau abastecimento de água encanada (p=0,001) e o índice de ceo-d (p=0,010) foram fatores preditivos para o grau de dor.

Conclui-se que as crianças em condições de vulnerabilidade apresentaram uma maior prevalência de cárie dentária, confirmando uma associação de fatores socioeconômicos na presença de cárie. É imprescindível estratégias públicas de promoção e prevenção de saúde de forma longitudinal, a fim de acompanhar o desenvolvimento e crescimento do indivíduo.

PId0358 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Tendência temporal de procedimentos em pacientes com necessidades especiais nos Centros de Especialidades Odontológicas no Ceará
Camille de Sousa Veloso, Isadora Maria Paiva Simplício, Nara Cybele Gomes Alves, Francisco Kelton Borges Matos, Paulo Leonardo Ponte Marques
Odontologia UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo é descrever de modo temporal os atendimentos odontológicos realizados em pacientes com necessidades especiais nas regiões do Ceará, mapeando a forma como ocorre a assistência odontológica especializada nas cinco Regiões de Saúde do estado. Trata-se de um estudo quantitativo observacional de série temporal que utilizou informações secundárias do IntegraSUS, uma plataforma de transparência de gestão pública da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Esse artigo investigou por 60 meses (janeiro de 2018 até dezembro de 2022) os 22 CEO-R que se encontram no Ceará e os agrupou nas suas respectivas Regiões de saúde se concentrando nos pacientes com necessidades especiais. O estudo foi transposto para planilhas do Excel e realizado uma média de todos os atendimentos feitos nesses pacientes em cada mês e agrupados em suas Regiões de Saúde. Os dados foram analisados e transformados em gráficos que apresentam a média de todos os atendimentos de cada uma das Regiões por mês, podendo assim avaliar e questionar os atendimentos dos pacientes com necessidades especiais levando em consideração a produção mensal e fatores associados, refletindo o porquê pode acontecer um aumento considerável de atendimentos e quando há queda de produção em cada uma das Regiões de Saúde do estado. Esse estudo também considerou os atendimentos no período da pandemia da COVID-19 e como os CEO-R tiveram que se adaptar ao momento.

Conclui-se por meio desses dados que Ministério da Saúde pode ser orientado sobre como anda a produção de atendimentos a esses pacientes, podendo fazer ajustes sobre a quantidade de atendimentos ofertados nas Redes de Atenção à Saúde e assim adaptar-se às necessidades daquela população que frequenta aquele CEO-R.

PId0359 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

"É muito bom ser pelo SUS": perspectivas do uso de serviços odontológicos na Atenção Primária à Saúde através da percepção das gestantes
Natália Correia Fonseca de Castro, Vânia Maria Godoy Pimenta Barroso, Henrique Cerva de Melo, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, Najara Barbosa da Rocha, Camilla Aparecida Silva de Oliveira, Rafaela da Silveira Pinto, Lívia Guimarães Zina
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi analisar o uso de serviços odontológicos na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio da percepção de gestantes. Trata-se da etapa qualitativa de um estudo de método misto conduzido com gestantes em pré-natal nos serviços públicos de saúde do município de Mariana (MG). Participaram 34 gestantes (com e sem atendimento odontológico) através de uma amostra definida por saturação. Foram realizadas entrevistas face-a-face semiestruturadas, gravadas e transcritas, e conduzida a análise de conteúdo das falas obtidas. Obteve-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de todas as participantes. As falas das gestantes foram categorizadas em temas emergentes, dentre eles: transformações na gestação, sentimento em relação à gestação, cuidado pela equipe de saúde, saúde bucal, e barreiras para o atendimento. Destaca-se na fala das gestantes o incômodo causado pela gestação, em especial em relação às alterações bucais. Para algumas gestantes, essas alterações comprometem a rotina diária, a qualidade de vida e podem dificultar a ida ao dentista na APS. Outros fatores, como problemas organizacionais dos serviços também emergiram das falas. Em contrapartida, estratégias que agilizam o agendamento da consulta odontológica, o cuidado humanizado pela equipe de saúde, a orientação em saúde e o tratamento pelo SUS facilitam a ida ao dentista.

Em conclusão, o uso de serviços odontológicos pelas gestantes é fortemente influenciado por aspectos emocionais, culturais e contextuais. O acesso pelo SUS é percebido como um importante facilitador, o qual ao mesmo tempo apresenta fragilidades organizacionais que precisam ser corrigidas.

(Apoio: CAPES)
PId0360 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Odontologia em montanhas
Luiz Eduardo Pereira de Souza, Renata Gondo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A prática do montanhismo tem crescido significativamente como esporte, sendo comum a ocorrência de sintomas relacionados à altitude, como barotrauma e barodontalgia. Este estudo teve como objetivo investigar a frequência de problemas bucais em atletas de montanhismo. A pesquisa foi conduzida por meio de formulários criados na plataforma Google Forms. Vinte e sete voluntários, praticantes do montanhismo, foram convidados a preencher o questionário online, sem restrição de tempo. O processo incluiu perguntas sobre suas experiências no montanhismo e possíveis complicações odontológicas associadas. A maioria dos atletas (52%; n=14) conhecia a especialidade de odontologia do esporte. As lesões por quedas e torções foram as mais comuns. Além disso, 26% (n=7) relataram sintomas de dor ou pressão acima de 1.500 metros de altitude, afetando principalmente os dentes superiores posteriores. Quanto aos tratamentos mais adotados, a descida da montanha (43%; n=3) e o uso de medicamentos (43%; n=3) foram as opções mais frequentes.

A falta de consultas regulares ao dentista parece estar ligada a uma visão negativa da saúde bucal e pode indicar a presença de problemas dentários não resolvidos. Apesar da baixa prevalência de lesões identificada, sua ocorrência durante o montanhismo pode impedir a continuidade da escalada até o cume. A conscientização sobre a importância da saúde bucal e os cuidados odontológicos regulares são medidas cruciais para prevenir problemas que possam comprometer o desempenho dos praticantes de montanhismo.

PId0361 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da postura ergonômica de acadêmicos de Odontologia em uma Universidade no Sul do Brasil
Lara Barcellos Vargas, Gilmar da Rosa Souza Júnior, Bruno Bonacir Coelho, Guenther Schuldt Filho, Daniela de Rossi Figueiredo
Odontologia UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo objetivou avaliar a postura ergonômica de acadêmicos na clínica de Odontologia em uma Universidade no sul do Brasil. Trata-se de um estudo transversal, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), amostra intencional e não probabilística que constava de acadêmicos presentes nas clínicas. Para avaliação ergonômica, um celular com câmera fotográfica (12 MP) foi utilizado e feito por um avaliador treinado. O acadêmico foi orientado a permanecer na mesma posição, por no mínimo de um minuto, durante o procedimento odontológico. Foram avaliadas 5 características posturais, baseadas na descrição de Naressi, Orenha e Naressi (2013): inclinação do tronco, inclinação da cabeça, inclinação do antebraço, ângulo do joelho e posição dos pés. Apresentar as 5 características posturais adequadas considerou-se "totalmente adequada"; nenhuma das características posturais "totalmente inadequada"; apresentar de 1 a 4 adequadas considerou-se "parcialmente adequada". Os escores foram analisados segundo fases do curso pelo teste de exato de Fisher, p<0,05. Foram avaliados 36 acadêmicos. A maioria dos estudantes foi classificada com postura corporal parcialmente adequada (75%); 42% apresentavam inclinação de cabeça inadequada e 50% com inclinação de braço inadequada. Houve redução significativa da postura corporal do pé adequado, entre os estudantes do 3º ano (100%) e 4º ano (56%), assim como, para a inclinação adequada do antebraço 3º (43%) e 4º ano (22%).

Foi observado que não houve uma melhora na postura corporal dos acadêmicos com o passar dos anos letivos, destacando a importância de abordagens durante a formação acadêmica para a ergonomia e prevenção de possíveis riscos ocupacionais.

PId0362 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Sorrisos Silenciados: Desafios na Saúde Bucal da Comunidade Trans
Andréa Márcia de Souza, Ian Augusto de Souza Ramos, Gabriela Fialho Valentim, Andreia Simões Pinto, Sindy Brito Florindo, Letícia Carla Rocha Pacheco, Giovanna Araújo Faria, Jôice Dias Corrêa
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo investigou a saúde bucal e o acesso aos cuidados de saúde entre pessoas trans. Foi criado um questionário para coletar dados sobre acesso e preconceito, e aplicado um questionário sobre qualidade de vida e saúde bucal. 27 voluntários receberam uma avaliação completa da saúde oral e foi feito o registro do índice CPOD. A maior parte dos participantes (82%) relatou utilizar o SUS para tratamentos odontológicos, tem renda familiar até 2 salários mínimos (74%), e se identificam como pretos/pardos (66,7%). Além disso, 33% são HIV positivos. A última visita ao dentista aconteceu há mais de 1 ano para 88% dos voluntários e 63% dos entrevistados já abandonaram tratamento odontológico, a maioria foi por motivos financeiros (50%) já que 70% afirma que não tem condições de pagar o tratamento odontológico e 41% dizem que é difícil conseguir atendimento na UBS de referência. Por outro lado, 62,9% relatam ter algum dente/restauração necessitando intervenção no último ano. Observamos que 63% relatam situações de transfobia, principalmente com desrespeito ao nome social. Assim, 68% já evitou atendimento em saúde bucal por situações de preconceito. Apenas 18% classificam sua saúde bucal como boa e mais de 50% afirmam que sua saúde bucal afeta negativamente atividades diárias enquanto 72% tiveram sua alimentação prejudicada em algum momento. A média do CPOD foi de 11, com elevado número de dentes perdidos.

Os resultados mostram as barreiras no acesso aos serviços de saúde bucal para as pessoas trans e que isso se reflete na sua saúde oral e na qualidade de vida dessa população, mostrando a necessidade de intervenções que combatam a transfobia nos contextos de saúde e promovam a conscientização sobre a importância da saúde oral na comunidade trans.

(Apoio: FUNDAÇÃO DE INCENTIVO À PESQUISA PUC MINAS  N° 2023/27762-1S)
PId0363 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

A perda dentária como fator de risco para desnutrição em idosos: uma revisão narrativa de literatura
Ana Beatriz Silva Fernandes, Aline Tany Posch
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A perda dentária é um problema comumente enfrentado por pacientes geriátricos, o que promove efeitos negativos na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é apresentar, com base em uma revisão narrativa, como a perda dentária pode atuar como fator de risco para a desnutrição em idosos. A pesquisa foi realizada na base de dados Pubmed, através dos termos "elderly [Title/Abstract]", "nutrition[Title/Abstract]" e "oral health[Title/Abstract]" com o conectivo "AND" para encontrar artigos com os assuntos simultaneamente. A busca foi restringida aos últimos 10 anos (2014 a 2024) para que fossem encontrados resultados atuais. Foram encontrados 69 artigos, dos quais 17 foram selecionados após a leitura do título e abstract. Através da análise bibliográfica, percebeu-se que a distribuição e o número de dentes presentes na boca afetam diretamente a capacidade de ingerir determinados alimentos. Nesse contexto, observou-se que idosos edêntulos apresentam menor consumo de proteína de origem animal, cálcio, ferro, niacina e vitamina C, o que pode ser agravado e gerar um quadro de desnutrição.

Portanto, conclui-se que a perda dentária afeta diretamente a seleção alimentar de idosos edêntulos, uma vez que esse quadro impede o consumo de alimentos de mastigação mais complexa, como a carne vermelha. Dessa forma, é essencial que esses pacientes sejam reabilitados adequadamente com próteses dentárias e com aconselhamento nutricional para que a perda dentária deixe de ser um fator de risco para o desenvolvimento de desnutrição em idosos.

PId0364 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Análise dos atendimentos odontológicos no sistema prisional brasileiro: um estudo transversal
Lucas Gonçalves de Sousa, Pedro Henrique Mota Rodrigues, Artur Freitas Riccioppo, Naessa Santos Borges Zure, Álex Moreira Herval
FOUFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo teve como objetivo analisar os atendimentos odontológicos realizados no sistema prisional brasileiro entre os anos de 2014 a 2022. Foi realizado um estudo transversal com dados secundários dos relatórios gerados pelo Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (tamanho da população prisional, à quantidade de cirurgiões-dentistas) e pelo Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (procedimentos odontológicos primários realizados) em cada ano incluído no estudo. Os dados foram tabulados e analisados com o Software Jamovi. Os procedimentos foram separados em exodontias e demais procedimentos, sendo feita a razão entre esses dois grupos (indicador do tratamento mutilador). Foram aplicadas análises descritivas e os Testes de Wilcoxon e Spearman. Exceto na comparação entre os anos de 2019 e 2020, todos os demais anos apresentaram aumento dos dois agrupamentos de procedimentos. O indicador de tratamento mutilador apresentou variação (redução) estatisticamente significante apenas na comparação entre 2020 e 2021. O número de cirurgiões-dentistas aumentou progressivamente a partir de 2014, com variações positivas e significativas entre 2015-2016 e 2021-2022. Contudo, não observaram-se correlações estatisticamente significantes do indicador de tratamento mutilador com a proporção de cirurgiões-dentistas em relação a população prisional ou com a proporção de consultas odontológicas pela população prisional.

Apesar do incremento de cirurgiões-dentistas no sistema prisional no período analisado, esse aumento não acompanhou o crescimento da população encarcerada e, assim, não impactou na redução do indicador de tratamento mutilador, mesmo com o aumento do volume de procedimentos realizados.

(Apoio: FAPs - FAPEMIG  |  CAPES)