03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2825 Resumo encontrados. Mostrando de 2701 a 2710


PSUS36 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

TENDÊNCIAS DOS NÚMEROS DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO À GESTANTE NO MARANHÃO: UMA ANÁLISE DA ÚLTIMA DA DÉCADA
Mariana Carreiro da Conceição, Judith Rafaelle Oliveira Pinho, Francenilde Silva de Sousa, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz
Programa de Pós Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os atendimentos odontológicos as gestantes na atenção primária passaram por mudanças guiadas por programas e políticas de saúde na última década. Este trabalho avalia o comportamento dos atendimentos odontológicos à gestante no estado do Maranhão de 2014 a 2024. Um estudo de série temporal foi conduzido, com dados secundários do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), utilizando-se informações referentes ao "Número de primeiras consultas odontológicas programáticas em gestantes" e o "Número total de atendimentos odontológicos às gestantes". A investigação foi conduzida em sete unidades de agregação: Maranhão, São Luís, Ilha de São Luís, Continente e Macrorregiões de Saúde (Norte, Leste e Sul). Foi utilizado o modelo de regressão de JoinPoint para as análises das tendências e cálculo das variações percentuais anuais (Anual Percencual Change - APC), considerando-se alpha de 5%. Os maiores APC nas primeiras consultas odontológicas programáticas em gestantes foram registrados na macrorregião Norte no período de 2014-2022 (APC = +61,09; p < 0,001) e macrorregião Sul no período de 2014-2024 (APC = +60,36; p < 0,001). Já no total de atendimentos odontológicos às gestantes foi registrada tendência de maior APC na macrorregião Norte no período de 2014-2022 (APC = +70,97; p < 0,001) e no continente durante 2014-2022 (APC = +66,19; p < 0,001). Em 2024, a macrorregião sul foi a que alcançou o maior APC para ambos atendimentos pesquisados (APC = +60,36% e +59,74%, respectivamente).

A situação socioeconômica das macrorregiões, o número de pessoas dependentes de programas sociais de complementação da renda e os programas de financiamento da saúde pública brasileira podem ter interferido nas tendências encontradas.

PSUS37 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

O cenário da cárie dentária não tratada no Brasil: situação epidemiológica e impactos para o sistema de saúde brasileiro
Yuri Wanderley Cavalcanti, Lucas Xavier Bezerra de Menezes, Armando Cabral de Lira Neto, Laura Maria de Almeida Martins, Rafael Aiello Bomfim, Doralice Severo da Cruz, Leopoldina de Fátima Dantas de Almeida, Edson Hilan Gomes de Lucena
Depto de Clínica e Odontologia Social UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a prevalência de cárie no Brasil, a capacidade de resposta do SUS e os custos envolvidos no tratamento. Dados do último inquérito nacional de saúde bucal da população brasileira (SB Brasil 2023) foram utilizados para estimar a prevalência de cárie não tratada. As estimativas ponderadas foram obtidas considerando a amostragem complexa. Dados da oferta de procedimentos odontológicos na atenção primária e do financiamento de equipes saúde bucal (ESB) foram extraídos de sistemas de informação do Ministério da Saúde. Os custos envolvidos na restauração de dentes permanentes foram calculados por meio de técnica de microcusteio (bottom-up). Realizou-se análise de sensibilidade (20%) e simulação de eficiência alocativa. Estima-se que 44,7% da população possui ao menos um dente com cárie não tratada no Brasil. O número de dentes permanentes com cárie não tratada foi estimado em 97,5 milhões. Entre 2023 e 2024, foram realizados 11,78 milhões de procedimentos relacionados à abordagem clínica da cárie. Desse total, 4,32 milhões de procedimentos (36,7%) foram restaurações de dentes permanentes. Assim, para atender a demanda estimada, seriam necessários 8,3 anos para oferta de algum tratamento, ou 22,5 anos para restaurar todos os dentes. Em termos financeiros, as restaurações ofertadas no SUS custam R$ 27,5 milhões (variação: R$ 11,4 a 47,8 milhões) o que representa 1% do orçamento anual das ESB. Para atender a demanda total, seria necessário um investimento de R$ 606 milhões (21,7% do orçamento).

A cárie dentária é um problema de saúde pública, cuja demanda aferida é incompatível com a capacidade de resposta atual do SUS. Mais investimentos são necessários. Outras estratégias devem ser adotadas para abordagem desse problema.

(Apoio: CNPq  N° 406840/2022-9  |  CAPES  N° Proap  |  CNPq  N° 304519/2021-9)
PSUS38 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Associação entre domínios do Índice de Maturidade Digital na implementação do SUS Digital em São Paulo
João Alves Gonçalves Neto, Alexandre Lippelt Ribeiro Dos Santos, Marcelo de Castro Meneghim
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O SUS Digital propõe o fortalecimento da transformação digital no SUS, monitorado pelo Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD). A hipótese é que maior maturidade digital nos diferentes domínios potencializa o desenvolvimento e a efetividade da Telessaúde e dos Serviços Digitais, ampliando o acesso e a resolutividade das ações em saúde. Este estudo investigou a associação entre os domínios do INMSD no estado de São Paulo, com foco na relação entre os domínios estruturantes (I, II, III, V, VI e VII) e o domínio "Telessaúde e Serviços Digitais" (IV), considerado desfecho. Foram utilizados dados secundários de 2024 das 18 regiões administrativas do estado. Realizou-se análise descritiva, correlação de Pearson e modelos de regressão linear simples e múltipla. A multicolinearidade foi analisada pelos índices de tolerância e Variance Inflation. Também foram elaborados QQ-plots e aplicado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos resíduos. Nível de significância de 5%. Observou-se que os domínios com menores médias e maior variabilidade foram "Formação e desenvolvimento profissional" e "Telessaúde e serviços digitais", enquanto "Sistemas e plataformas de interoperabilidade" teve maior média e menor variabilidade. Após exclusão de regiões discrepantes, apenas a associação entre Infoestrutura e Telessaúde permaneceu significativa (p<0,05), reforçando a importância de avanços estruturais para a saúde digital no SUS.

Avanços estruturais em infoestrutura são essenciais para a implementação qualificada da saúde digital no SUS e, consequentemente o desenvolvimento efetivo da telessaúde.

PSUS39 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

A caracterização do município como etapa fundamental no planejamento estratégico em saúde
Sabrina Santana Cassemiro, Tânia Adas Saliba, Ana Claudia Okamoto, Suzely Adas Saliba Moimaz
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi investigar informações úteis para o Planejamento Estratégico em Saúde (PES) e apresentar um relato de caso de um município do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, baseado em dados secundários coletados em bases públicas: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e página eletrônica da prefeitura. Foram investigadas informações básicas necessárias à fase inicial do PES e posteriormente procedeu-se à coleta de dados, que incluiu características demográficas, indicadores de saúde, estrutura da rede assistencial, planejamento orçamentário, estabelecimentos e composição dos trabalhadores. O município possui uma população estimada de 207.775 habitantes, com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 0,788 e taxa de mortalidade infantil de 13,91 por mil nascidos vivos. Há 722 estabelecimentos de saúde, 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 4 hospitais, 547 consultórios e 35 unidades de apoio diagnóstico, onde atuam 92 equipes de saúde, sendo 46 de Saúde da Família e 25 de Saúde Bucal, com 4.006 profissionais vinculados ao Sistema Único de Saúde. Entre os cargos: 512 médicos, 414 enfermeiros, 684 técnicos de enfermagem, 273 agentes comunitários de saúde e 184 cirurgiões-dentistas. Há divergência entre o número de UBS informado na página eletrônica da prefeitura e dados do CNES. Em 2025, o município prevê investir 25,14% dos recursos próprios em saúde, com 50% das emendas impositivas destinadas ao setor.

Conclui-se que o município apresenta infraestrutura de serviços de saúde de atenção primária à terciária, com investimentos previstos e dados úteis para o PES.

(Apoio: CAPES)
PSUS40 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

ANÁLISE ESPAÇO TEMPORAL DO ACESSO AOS CENTROS DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS E SUA CORRELAÇÃO COM A COBERTURA DE EQUIPES DE SAÚDE BUCAL
Mariana Ramalho de Farias, Jefferson Willyan de Sousa Pará, Ana Karine Macedo Teixeira, Abenor Nogueira Neto, Luana Maria Dias da Silveira, Maria Fabielle Araújo Rodrigues, Paola Gondim Calvasina, Jacques Antonio Cavalcante Maciel
Departamento de Clínica Odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o impacto da cobertura de saúde bucal na atenção primária sobre a forma de acesso à atenção especializada em Odontologia nos estados brasileiros, utilizando dados do PMAQ CEO de 2014 e 2018. Foi realizado um estudo ecológico misto, com análise espacial, utilizando dados secundários sobre quantidade de equipes de saúde bucal (ESB), população, cobertura populacional, quantidade de CEO e proporção de CEO por ESB. A análise espacial foi conduzida com os softwares QGIS e GeoDa, enquanto a análise estatística descritiva e inferencial foi realizada no Jamovi. Os resultados indicaram que, em 2014, 59,3% dos estados utilizavam o modelo referenciado de acesso, enquanto em 2018, 55,6% adotavam essa modalidade. A demanda espontânea esteve presente em 14,8% dos estados nos dois anos avaliados. Observou-se uma tendência, em 2014, de associação entre maior proporção de ESB por CEO e menor chance de demanda espontânea. Em 2018, o modelo apresentou bom ajuste (R²_CS = 0,522), porém nenhuma variável independente foi significativamente associada à presença de demanda espontânea (p > 0,05). Conclui-se que, apesar dos avanços na organização da atenção especializada, a demanda espontânea persiste em alguns estados, sugerindo a necessidade de investigações futuras que considerem variáveis estruturais, organizacionais e socioeconômicas.

Conclui-se que, apesar dos avanços na organização da atenção especializada, a demanda espontânea persiste em alguns estados, sugerindo a necessidade de investigações futuras que considerem variáveis estruturais, organizacionais e socioeconômicas.

PSUS41 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Manejo clínico da Pessoa com Deficiência submetida à anestesia geral
Lidia Aguiar Pascoalino, Júlia França da Silva, Raquel D´´aquino Garcia Caminha, Paulo Sérgio da Silva Santos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A decisão de realizar tratamento odontológico sob anestesia geral em pessoa com deficiência (PcD) é complexa, exigindo avaliação criteriosa de fatores médicos, odontológicos e comportamentais. Em resposta à demanda da Diretoria Regional de Saúde - VI (DRS-VI), foi implantado em 2023 um serviço de atendimento odontológico para PcD sob anestesia geral no Hospital das Clínicas de Bauru (HCB). Para seleção do perfil dos pacientes atendidos, foram analisados prontuários eletrônicos deste grupo entre outubro/2023 e dezembro/2024. Durante este período, foram atendidos 22 pacientes, em sua maioria homens, com média de 33 anos. Destes, 14 (63,64%) foram encaminhados a partir da Atenção Primária e 12 (54,55%) após uma ou nenhuma tentativa de atendimento ambulatorial. O diagnóstico mais frequente foi o transtorno do espectro autista (TEA), 11 (50%), frequentemente associado a comorbidades. Devido à dificuldade de manejo, apenas 6 (27,3%) permitiram a realização do exame físico. Dentre as intervenções realizadas, o tratamento periodontal foi particularmente frequente, em 19 (86,36%) pacientes, juntamente com 46 restaurações dentárias e 113 extrações dentárias. Os resultados sugerem significativa demanda por atendimento odontológico sob anestesia geral em pessoas com deficiência, especialmente diagnosticadas com TEA.

A elevada taxa de encaminhamentos da Atenção Primária e a prevalência de procedimentos invasivos revelam a necessidade de aprimorar estratégias de prevenção e manejo em estágios iniciais dessas condições bucais. É necessário estruturar e expandir os serviços especializados de atenção secundária e terciária, como os iniciados no HCB, para garantir acesso equitativo e atendimento odontológico sustentado a PcDs.

PSUS42 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Vivência do cuidador sobre o acesso a um serviço odontológico do Paciente com Necessidades Especiais
Regiane Cristina do Amaral, Sueli Aguiar Pereira Araujo, Alina Lúcia Oliveira Barros, Marcia Helena Machado Nascimento
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo teve como objetivo analisar a vivência dos cuidadores de pacientes com necessidades especiais (PNE) sobre acessibilidade ao atendimento odontológico realizado na Unidade de Diagnóstico Oral e Odontologia para Pacientes Especiais (UDOPE) em Aracaju/SE. Trata-se de um estudo de análise qualitativa realizado entre maio a junho de 2024. As entrevistas foram gravadas, transcritas, organizadas e analisadas por meio da análise de conteúdo com auxílio do Interface R e do Software IRAMUTEQ. Entrevistou-se 41 cuidadores dos PNE. Na análise de Reinert identificou-se 7 classes temáticas, entre elas: estrutura de acesso, dificuldades encontradas, transporte sanitário e especificidades das necessidades especiais. O teste Qui-quadrado (χ2) apontou maior grau de significância estatística para as palavras na classe 3 com a palavra "apoio", seguida pela classe 1 com a palavra "marcar", mostrando associacição entre as palavras. Realizou-se Análise de Similitude, com a finalidade de analisar a relação e a conexão entre as palavras. O resultado apresentou cinco agrupamentos de palavras, centralizada a partir da palavra "não", relacionadas ao transporte. Ao se realizar a núvem de palavras dos relatos dos usuários a palavra predominante foi transporte.

Apesar dos cuidadores alegarem que é oferecido transporte todos os dias para os mesmos virem ao atendimento, estes alegam problemas como tipo de transporte oferecido, lotação dos mesmos e demora para retornarem ao municipio de origem, além de questões específicas de cada necessidade.

(Apoio: FAPs - FAPITEC)
PSUS43 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE INDIVÍDUOS COM FISSURAS OROFACIAIS NO ESTADO DE MATO GROSSO ENTRE 2008 e 2024
Fernanda Lanay da Silva, Luiz Carlos Guimarães Dos Santos, Lorraynne Dos Santos Lara, Ivan Onone Gialain, Alexandre Meireles Borba, Andreza Maria Fábio Aranha, Cristhiane Almeida Leite da Silva, Luiz Evaristo Ricci Volpato
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A fissura orofacial é a principal anomalia congênita que afeta a região craniofacial. O objetivo deste estudo foi analisar as internações hospitalares de indivíduos com fissuras orofaciais em Mato Grosso. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, desenvolvido com dados secundários de domínio público do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), analisados no software Tabnet no período de 2008 a 2024. Foram registradas nesse período 2.343 internações hospitalares de indivíduos com fissuras orofaciais em Mato Grosso. Os pacientes do sexo masculino representaram 54,80% dos registros (n= 1.284). A distribuição dos indivíduos de acordo com a macrorregião foi heterogênea, com maior prevalência na baixada cuiabana, com 993 registros (42,38%). No período estudado o Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá fez 1.109 internações e o Hospital Universitário Júlio Muller 519 internações, somando 95,31% de todas as internações do estado. Quatrocentos e oitenta (20,48%) pacientes foram internados com menos de 1 ano, 767 (32,73%) entre 1 e 4 anos, 248 (10,58%) entre 5 e 9 anos, 235 (10,02%) entre 10 e 14 anos, 209 (8,92) entre 15 e 19 anos, 210 (8,96%) entre 20 e 29 anos e 105 (4,48%) entre 30 e 39 anos e 89 (3,79%) foram internados com 40 anos ou mais.

Foi demonstrado que existe uma centralização de internações hospitalares de pessoas com fissuras orofaciais em Cuiabá, principalmente entre pacientes de 1 e 4 anos de idade. A centralização dos atendimentos hospitalares dos indivíduos com fissuras orofaciais de todo o estado de Mato Grosso em dois hospitais em Cuiabá levanta a reflexão sobre a descentralização do atendimento desses pacientes visto a dimensão geográfica do estado e as distâncias percorridas por eles para obter o atendimento necessário.

PO001 - POAC
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Consumo de alimentos não saudáveis e cárie de superfície em beneficiários do Bolsa Família: Exposição e vulnerabilidade diferenciadas
Jennifer Klabunde, Luiza de Carli Grieleitow, Amanda Barbosa Oliveira, Hazelelponi Querã Naumann Cerqueira Leite, Rafael Aiello Bomfim
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou, em crianças de 5 anos e adolescentes de 12 anos, se o status de beneficiário do Bolsa Família se associa a Exposição diferencial - maior consumo de alimentos não saudáveis e Vulnerabilidade diferencial - maior impacto desse consumo sobre a severidade de cárie de superfície (índice ceo-s e CPO-S). Utilizou-se delineamento transversal, de estudo epidemiológico SBMS (que coleta dados estaduais de saúde bucal para avaliação impacto da fluoretação da água) em 8 municípios do interior de Mato Grosso do Sul. Foram analisados os índices conforme ser beneficiário do programa bolsa-família e consumo alimentar não saudável, medido pela média semanal dos itens, baixo (até 2x/semana), moderado (2 a 4/semana) e alto (acima de 4x/semana). Os itens analisados vieram do questionário Sisvan do IBGE. Foi seguido o modelo de determinantes sociais na saúde bucal. As análises estatísticas foram realizadas no software Stata v.14 e o estudo teve aprovação pelo Comitê de Ética (CAAE 85647518.4.0000.0021). Os dados revelaram que adolescentes (12 anos) beneficiários apresentaram proporção significativamente maior de consumo alto de alimentos não saudáveis do que não-beneficiários (p = 0,001). Para crianças (5 anos), não houve diferença significativa no padrão de consumo (p > 0,05).

Houve vulnerabilidade diferenciada entre beneficiários e não- beneficiários nos dois grupos etários (testparm p < 0,001), indicando que beneficiários com alto consumo apresentam ceo-s e CPO-S mais elevados. O padrão alimentar impacta mais severamente a carga de cárie em beneficiários, ressaltando a urgência de integrar ações de orientação nutricional e promoção de saúde bucal às políticas do Bolsa-Família, a fim de mitigar desigualdades em saúde bucal.

(Apoio: CNPq  N° 402403/2021-5)
PO002 - POAC
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Articulação Ensino-Pesquisa-Comunidade na atenção à amamentação e à anquiloglossia no SUS: relato de experiência
Manuella Hipólito de Amorim, Mônica da Paz Silva, Juliana Antunes de Campos, Diego de Andrade Teixeira, Camille da Silva Rocha, Paulo Nadanovsky, Ana Paula Pires Dos Santos, Fernanda Barja Fidalgo Silva de Andrade
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Relata-se a experiência do projeto "Odontopediatria para bebês e lactentes: muito além da linguinha", que integra alunos de graduação e pós-graduação em atividades práticas voltadas ao atendimento de bebês no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na amamentação e no diagnóstico e manejo da anquiloglossia. O projeto é desenvolvido na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Clinica de Bebês da Odontopediatria e Banco de Leite Humano) e na Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda. As atividades incluem treinamentos em amamentação e anquiloglossia, discussões da literatura, elaboração de materiais de apoio, participação em atendimentos clínicos e eventos científicos. Desde 2021, foram criados um e-book, um aplicativo para coleta de dados, fichas clínicas específicas, além da condução de estudos de prevalência e coorte. Desde janeiro de 2024 foram avaliados 1008 bebês na maternidade e 73 na clínica. Participaram 21 graduandos e 6 pós-graduandos, com treinamentos e palestras em parceria com as secretarias estadual e municipal de saúde do Rio de Janeiro.

O projeto tem proporcionado uma formação mais completa e sensível aos alunos, fortalecendo o vínculo entre ensino, pesquisa e comunidade. Ademais, alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU 2, 3, 4, 5, 10 e 12, por auxiliar na promoção do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida além de capacitar profissionais a atuarem de forma qualificada no SUS.

(Apoio: Prodocência/UERJ)



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