03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2825 Resumo encontrados. Mostrando de 2681 a 2690


PSUS16 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Cumprimento de metas dos Centros de Especialidades Odontológicas Regionais do Ceará: análise de tendência de dez anos
Isadora Maria Paiva Simplício, Gemakson Mikael Mendes, Icaro Santiago de Aquino, Maria Beatriz Nunes Rodrigues, Antonia Karina Silva Azevedo, Mariana Ramalho de Farias, Paola Gondim Calvasina, Ana Karine Macedo Teixeira
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou realizar uma avaliação de desempenho dos CEO Regionais no estado do Ceará. Trata-se de um trabalho descritivo, observacional e quantitativo. Este estudo analisou as tendências do Índice de Cumprimento Global de Metas (ICGM) entre 2014 e 2023 nas especialidades de endodontia, cirurgia, periodontia e prótese nos 22 CEO Regionais do Ceará de acordo com as metas do Ministério da Saúde (MS). Avaliou-se também o desempenho dos serviços e a taxa de faltas de pacientes nos anos de 2019 (pré-pandemia) e 2023 (pós-pandemia), com dados do SIA/SUS e SIGES. Observou-se tendência estacionária do ICGM na maioria das especialidades, exceto a periodontia, que apresentou queda entre 2019-2021 e crescimento posterior, em 2022-2023. Endodontia e cirurgia mostraram os menores índices de cumprimento de metas, enquanto periodontia e prótese superaram a média. Ao analisar o ano de 2023, o desempenho foi inferior ao período pré-pandêmico (2019), sem ter relação com a taxa de faltas dos pacientes, pois esta permaneceu estável nestes dois anos.

Conclui-se que o desempenho das especialidades de endodontia e cirurgia foram abaixo do recomendado pelo MS, necessitando avaliar estratégias para melhoria desses serviços, desde a qualificação da gestão dos processos de trabalho e da clínica odontológica.

(Apoio: CNPq - PPSUS  |  CNPq  N° Cnpq/mcti n° 10/2023  |  PPSUS  |  PPSUS)
PSUS17 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Características da automedicação para dores odontogênicas em usuários de uma Unidade Básica de Saúde no Norte do Brasil
Jamila Johana Martins Gatinho, Djanny Nunes Maia, Caroline Milani Caldeira, Fábio Luiz Mialhe, Danielle Tupinambá Emmi
Departamento de Saúde Coletiva FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo pesquisou a prevalência e características da automedicação para dores odontogênicas realizada por pacientes do serviço odontológico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Ananindeua, PA, na região Norte do Brasil. A pesquisa, aprovada sob parecer número 7.105.739 pelo CEP da Universidade do Estado do Pará, contou com uma amostra de conveniência de 47 pacientes no período de outubro a novembro de 2024. Foram incluídos pacientes entre 18 e 65 anos, vinculados à área adscrita da UBS e que estivessem sob tratamento odontológico no momento da coleta. Dentre o total de usuários entrevistados, 89,3% (n=42) relataram acreditar que a prática da automedicação possui riscos. Contudo, 74,5% (n=35) do total de pacientes declararam realizar automedicação para casos de dor de dente. Dentre estes, 60% (n=21) afirmaram fazê-lo sempre que sentem dores odontogênicas, 20% (n=7) declararam realizar apenas quando não conseguem uma consulta com profissional cirurgião-dentista e 20% (n=7) em outros momentos. Em relação ao total de respostas acerca das classes farmacológicas utilizadas (n=36), a maioria (38,8% / n=14) correspondeu aos anti-inflamatórios. Estes foram seguidos pelos analgésicos, que compuseram 33,3% (n=12) da amostra, enquanto 8,3% (n=3) dos fármacos relatados foram antibióticos e 19,4% (n=7) pertenceram a categoria "outros", em que os pacientes não souberam ou não desejaram informar o tipo de medicamento utilizado.

Embora a maioria dos usuários participantes tenha declarado acreditar nos riscos, o uso indiscriminado de medicamentos para odontalgias ainda é frequente na população analisada, praticado por cerca de três quartos desta, o que evidencia a necessidade de estratégias de educação em saúde para a temática.

PSUS18 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito moderador do PSE, ações de saúde bucal e de prevenção ao bullying na associação entre sofrer bullying e dor dentária em escolares
Orlando Luiz do Amaral Júnior, Caroline Segatto Girardon, Maria Laura Braccini Fagundes, Fernando Neves Hugo, Jessye Melgarejo do Amaral Giordani
Estomatologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo tem como objetivo avaliar o efeito moderador da participação das escolas no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações de promoção e avaliação da saúde bucal e de prevenção ao bullying, sobre a associação entre a percepção de sofrer bullying e a ocorrência de dor dentária entre escolares. Trata-se de um estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. A amostra incluiu escolares de 13 a 17 anos do Ensino Fundamental e Médio, de escolas públicas e privadas, abrangendo níveis nacional, regional, estadual e municipal. As análises de moderação foram realizadas por regressão de Poisson, ajustadas para fatores socioeconômicos, demográficos e comportamentais. A heterogeneidade entre escolas foi considerada insuficiente para justificar a modelagem multinível, optando-se por modelos tradicionais. Foram avaliados 53.711 escolares de escolas públicas, que relataram a experiência de dor dentária nos seis meses anteriores, dos quais 23,1% referiram o problema. Após ajuste, quem relatou sofrer bullying uma única vez apresentou uma prevalência 9% maior de dor dentária (RP: 1,09; IC95%: 1,03-1,15), enquanto quem relatou ter sofrido duas ou mais vez apresentou uma prevalência 13% maior de dor dentária (RP: 1,13; IC95%: 1,06-1,19), ambos em comparação aos que não relataram tal experiência. A participação da escola no PSE e as iniciativas escolares de prevenção de saúde bucal e bullying, não apresentaram efeito moderador na associação estudada.

A participação no PSE e as ações de saúde bucal e prevenção ao bullying não moderaram a associação, indicando a necessidade de revisar e fortalecer estratégias intersetoriais de promoção e proteção da saúde dos escolares no âmbito do Sistema único de Saúde (SUS).

(Apoio: )
PSUS19 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Estudo das práticas de automedicação para dor odontogênica entre usuários de um serviço público de saúde bucal do Paraná
Pablo Guilherme Caldarelli, Rafael de Azevedo Dalefi, Karine Fatima Lyko, Maria Augusta Ramires Piemonte, Marilisa Carneiro Leão Gabardo
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A automedicação para dor odontogênica pode influenciar o acesso aos serviços de saúde, o projeto terapêutico e a longitudinalidade do cuidado. O objetivo do estudo foi avaliar as práticas de automedicação para dor odontogênica e sua relação com o acesso a um serviço público de saúde bucal. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal, realizada em uma Unidade Básica de Saúde de Londrina-PR. Para a coleta dos dados, utilizou-se um formulário com três seções: perfil do usuário, motivação para o uso do serviço odontológico e práticas de automedicação para dor odontogênica. O formulário foi aplicado presencialmente, após o atendimento odontológico, em 70 pacientes, 54(78%) mulheres e 16(22%) homens. Em relação à motivação para a busca pelo serviço, 32(46%) relataram comparecer devido à dor odontogênica. Além disso, 59(86%) apontaram ter pelo menos um episódio de dor odontogênica em algum momento de sua vida e a automedicação foi a conduta primária para 47(80%) deles. A dipirona sódica, o ibuprofeno e a amoxicilina foram indicados como os fármacos mais utilizados na automedicação para dor odontogênica. Foram apontadas 33 substâncias alternativas, como chás, plantas e substâncias químicas. A respeito de quem fez a orientação, tanto para medicação convencional (47%) quanto para substâncias alternativas (60%), os participantes responderam que foram familiares ou amigos.

Concluiu-se que, embora a dor odontogênica seja o principal motivador para busca pelo serviço odontológico, a maior parte dos usuários realiza a automedicação como primeira conduta. Há necessidade de estratégias de educação em saúde que abordem os riscos da automedicação e a importância da orientação profissional para o manejo da dor odontogênica.

PSUS20 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Custo-efetividade de restaurações de amálgama versus resina composta em molares posteriores no SUS
Vinicius Queiroz Miranda Cedro, Bianca Lima de Araujo, Antonio Carlos Pereira, Karine Laura Cortellazzi, Augusto Cesar Sousa Raimundo, Vanessa Gallego Arias Pecorari
ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Nas últimas décadas, observou-se uma redução relevante no uso do amálgama como material restaurador odontológico, embora este ainda seja amplamente empregado no serviço público de saúde no Brasil, por seu baixo custo, menor tempo clínico e maior longevidade. Com o objetivo de avaliar a atual força dessa prática, foi realizada uma avaliação econômica em saúde para analisar a relação de custo-efetividade das restaurações em amálgama comparadas às de resina composta para dentes posteriores no Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, com buscas nas bases PubMed, MEDLINE e LILACS para identificar estudos que apresentassem desfechos sobre o custo, tempo clínico e longevidade dos materiais restauradores. Os dados extraídos dos estudos selecionados subsidiaram o cálculo da Razão de Custo-Efetividade Incremental (RCEI) e do Impacto Financeiro (IF) para um horizonte temporal de 7 anos e 10.000 restaurações. Foram incluídos quatro artigos, publicados entre 1999 e 2021, sendo duas revisões sistemáticas, um estudo de microcusteio e um ensaio clínico randomizado. Os resultados revelaram que, para cada 10.000 restaurações, a tecnologia baseada em resina composta resultou em um gasto adicional de R$ 385.900,00 e apresentou 881 falhas a mais em comparação ao amálgama. A RCEI foi negativa, indicando que o amálgama é dominante por apresentar menor custo e melhor longevidade.

Conclui-se que o amálgama permanece como a alternativa mais custo-efetiva para restaurações de dentes posteriores no SUS. Contudo, ressalta-se a importância de implementar protocolos rigorosos de descarte do mercúrio, em conformidade com as diretrizes da Convenção de Minamata, a fim de mitigar os potenciais riscos ambientais.

PSUS21 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Análise preditiva de exames radiológicos realizados no Super Centro Carioca (SMS/RJ) com uso de inteligência artificial
Maria Isabel de Castro de Souza, Marcia Soares Cardoso, Celso da Silva Queiroz, Renata Rocha Jorge, Márcia Maria Pereira Rendeiro, Luciana Freitas Bastos, Keith Bullia da Fonseca Simas
PRECOM UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi analisar dados referentes a realização de exames radiológicos. Foram consideradas as variáveis: motivação para o exame, tempo de espera, unidades de saúde, risco do paciente e exames não realizados para auxílio na tomada de decisão de gestão em saúde pública (Comitê de Ética Parecer 6.810.160). Os dados coletados de 555 registros de exames radiográficos foram aplicados na inteligência artificial (IA) Manus® para correlações e análise preditiva. 56,9% dos exames não foram realizados. As maiores taxas e tempo médio de espera de 671 dias foram encontrados nas unidades de saúde da Área Programática 5. As maiores taxas de não realização foram as de "não classificado" (87,5%) e gengivite/doença periodontal (83,5%). Houve associação estatisticamente significativa entre o nível de risco e a realização de exames (teste qui-quadrado; p-valor <0,0001). A análise de variância (ANOVA) resultou em um p-valor<0,0001, indicando diferença estatisticamente significativa no tempo de realização. Entre os níveis de risco e a correlação entre nível de risco e tempo, pacientes com maior risco tendem a ter tempos de espera mais curtos (correlação negativa moderada - 0,2825). Foram identificadas variações na taxa de realização por dia da semana e mês (quinta-feira = 48,2% e março = 63%).

A IA mostrou-se eficiente nas análises para o serviço de saúde, sugerindo: previsão de realização de exames com foco no risco, diagnóstico e unidade solicitante, previsão de estimativa de tempo de espera para realização do exame, identificação precoce de paciente de alto risco com maior probabilidade de não realização de exame, otimização de recursos e priorização de unidades de saúde para implementação de estratégias específicas.

(Apoio: Faperj)
PSUS22 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação do conhecimento de agentes comunitários de saúde sobre o câncer bucal
Ana Beatriz Mori Huss, Bárbara Zanda Banki, Matheus Henrique Arruda Beltrame, Deborah Esperidião Fioroni, Carina Gisele Costa Bispo, Mitsue Fujimaki, Vanessa Cristina Veltrini
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos agentes comunitários de saúde (ACSs) sobre o câncer bucal. Os critérios de inclusão foram: atuação na Estratégia da Saúde da Família; disponibilidade; não estar de férias ou licença; ter voluntariedade confirmada. O questionário continha questões de múltipla escolha sobre câncer bucal. Na estatística, foram empregadas medidas de tendência central, dispersão, razões e proporções. Posteriormente, foi realizada uma análise de variância (ANOVA) com pós-teste de Tukey, com um nível de significância estabelecido em 95%. Da amostra, a maior parte eram mulheres, de meia idade, com ensino médio completo e atuantes em área urbana. Sobre conhecimento, 46,1% desconhecia a doença, 23,6% não lembrava de casos, 73,6% nunca havia visto, mas 53,9% se recordava de queixas. A maioria sabia da existência de lesões precursoras (75,8%) e do fato de não haver risco de contágio (96,1%). Para 76,4%, o câncer bucal acomete pessoas com mais de 40 anos. Quanto aos sintomas, 53,4% citou dor em estágios avançados e 77,5% reconhecia a necessidade de avaliação profissional. O diagnóstico precoce foi apontado como importante por 91% e 69,7% acreditava no autoexame como ferramenta para isso. Cursos de capacitação foram considerados úteis por 97,2%. Além disso, 76,4% afirmava que homens e mulheres são igualmente afetados, e 73% não relacionava a doença à etnia. Tabagismo, isolado ou associado ao álcool, foi o principal fator etiológico citado (65,7%), enquanto 40,4% apontou boa higiene como forma de prevenção. Por fim, 60,1% acreditava que médicos e dentistas poderiam tratar a doença.

O conhecimento dos ACSs é restrito. O entendimento parece ser uma extrapolação de conceitos aplicáveis ao câncer, de modo geral.

(Apoio: CNPq)
PSUS23 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Os números que sustentam o cuidado: Uma análise descritiva dos indicadores na Atenção Primária
Cássia Cristina Araujo Vieira, Lícia da Silva Maciel, Caio Vieira de Barros Arato, Fábio Luiz Mialhe, Karine Laura Cortellazzi, Vanessa Gallego Arias Pecorari
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O sistema público de saúde brasileiro passou por mudanças no financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) com a criação do Programa Previne Brasil (PPB) em 2019, que vinculou repasses financeiros ao desempenho e resultados. Apesar da busca por maior eficiência e qualidade, surgiram preocupações sobre a efetividade nas condições de saúde devido aos indicadores adotados. Recentemente, foi adotado um novo formato de financiamento, mantendo os incentivos por desempenho, mas com foco na ampliação do acesso aos serviços. Este estudo epidemiológico ecológico comparou indicadores de saúde antes (2018-2019) e após (2021-2022) a implementação do PPB no Brasil, por meio de dados secundários públicos (SISAB e TABNET/TABWIN). Foram analisados indicadores específicos e associados, calculando médias por região e estado, e comparando as variações percentuais entre os dois períodos. Os dados mostraram avanços no pré-natal no Brasil, com aumento na proporção de gestantes com seis consultas e crescimento na testagem para sífilis e HIV, especialmente no Sudeste (219%) e Norte (68,7%). A taxa de sífilis congênita caiu entre 43% e 57%, e houve redução nos casos de AIDS em crianças menores de 1 ano. O acesso ao cuidado odontológico aumentou em até 213,2%, mas a taxa de prematuridade cresceu. O acompanhamento de hipertensão no Nordeste teve aumento de 927%, refletindo queda na morbidade por doenças circulatórias.

Esses resultados indicam a necessidade de aprimorar o monitoramento e a avaliação dos serviços de saúde, incorporando boas práticas nos indicadores avaliados. É fundamental que, além de ampliar o acesso, se assegure a efetividade e qualidade da assistência prestada, garantindo melhorias contínuas na saúde da população.

PSUS24 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Inclusão na saúde bucal: Análise das barreiras no acesso da pessoa com deficiência
Jean Carlos Baioni, Thaíse Carneiro Viviani, Caroline Nogueira de Moraes, Silvia A. S. Vedovello, Marcelo de Castro Meneghim
SAÚDE COLETIVA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar o acesso ao serviço de saúde bucal na atenção primária por pessoas com deficiência, na área de abrangência de Unidades de Saúde da Família (USFs). Um estudo transversal analítico, tendo como referência o território das USFs com equipe de saúde bucal. Realizou-se amostragem por conglomerados com a participação 141 pessoas com deficiência. Os dados foram coletados no sistema das USFs e por questionário semiestruturado, abordando dados socioeconômicos e de acesso ao serviço de saúde bucal. Variáveis foram analisadas por regressão logística múltipla no software R (5% de significância). A análise dos questionários mostrou que a maioria possui deficiência intelectual (44,0%), homens (53,9%), adultos (56,7%), residentes em casa própria (74%), 30,5% recebem aposentadoria, 32,6% participam de programas de distribuição de renda, 26,2% têm plano de saúde, e 13,5% possuem plano odontológico. Em relação à busca por atendimento odontológico, 19,9% o fazem com frequência e 22,7% raramente, sendo o principal motivo a rotina de cuidado (35,5%). As barreiras ao acesso incluem dificuldades de comunicação (29,1%), limitações físicas (27,0%), falta de acompanhamento (62,4%) e demora no agendamento (35,5%). Observou-se que pessoas participantes de programas de distribuição de renda e sem plano de saúde têm mais chance de utilizar os serviços odontológicos (Odds ratio de 2,61 e 3,90, respectivamente e p<0,05).

O acesso odontológico enfrenta barreiras como comunicação, limitações físicas e falta de acompanhamento. A maior procura ocorrer em participantes de programas de distribuição de renda e sem plano de saúde destaca a importância de políticas de inclusão social e o papel das USFs na assistência à saúde bucal para pessoas com deficiência.

(Apoio: FUNCAMP)
PSUS25 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

OFERTA DE PRÓTESE DENTÁRIA NO BRASIL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA
Priscila Morais Gomes, Andréa Clemente Palmier, Maria Inês Barreiros Senna, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, Kevan Guilherme Nóbrega Barbosa, Najara Barbosa da Rocha, Elisa Lopes Pinheiro, Raquel Conceição Ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliou-se a oferta de prótese dentária na Atenção Primária à Saúde (APS) para adultos e pessoas idosas e a correlação com o tamanho da população, número de Centros de Especialidade Odontológicas (CEO) e Cobertura de Equipes de Saúde Bucal (eSB) na APS. Trata-se de um estudo ecológico envolvendo 5.570 municípios brasileiros no ano de 2023, utilizando dados de acesso público. Analisaram-se as taxas de instalação de próteses dentárias em adultos e idosos, calculadas pela razão entre o número de procedimentos de instalação de próteses dentárias realizados em adultos ou idosos, em determinado local e período, por 1.000 usuários com necessidade estimada de prótese na APS no mesmo município e período. Os usuários com necessidade foram estimados aplicando-se a prevalência de necessidade de prótese obtida pelo SB Brasil 2023 às populações adulta e idosa. Dados sobre a população adulta (19 a 59 anos) e idosa (>60 anos), cobertura de serviços de saúde bucal e número de CEO foram obtidos no IBGE, plataforma e-gestor e Secretaria de Atenção Primária a Saúde. Houve registro de oferta de próteses para adultos e idosos em 1747 e 1380 municípios, com taxas médias de10,76 (±19,74) e 26,89 (±41,05), respectivamente. Observou-se correlação significativa e negativa entre tamanho da população e taxa de instalação de próteses para adultos (r=-0.70) e idosos (r =-0.66), bem como entre o número de CEO para adultos (r= -0.47) e idosos (r= -0.46). A cobertura de eSB correlacionou-se positivamente com as taxas de instalação (adultos: r=0,3778; idosos: r=0,3353).

Os resultados sugerem maior instalação de próteses entre idosos, maior oferta em municípios menores, com menor oferta de atenção secundária, e com maior cobertura de serviços de saúde bucal na APS.

(Apoio: CNPq  N° 445286/2023-7  |  FAPs - Fapemig  N° PPSUS APQ-00763-20)



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