03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2826 Resumo encontrados. Mostrando de 1871 a 1880


PIc0231 - Painel Iniciante
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Derivado de ftalocianina atenua a citotoxicidade induzida por 5- fluorouracil em queratinócitos humanos
Isadora Stella Souza E. Andrade, Pedro Luiz Rosalen, Masaharu Ikegaki, Fabiano Vieira Vilhena, Bruna Benso, Leandro Araújo Fernandes, Marcelo Franchin, Henrique Ballassini Abdalla
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial citoprotetor da tetracarboxiftalocianina de ferro (FeTcFc) em queratinócitos humanos expostos ao quimioterápico 5-fluorouracil (5-FU). A FeTcFc (C32H16N8O8Fe, Peso Molecular: 744.42 g/mol, Pureza >90%) foi fornecida pela TRIALS (Oral Health & Technologies). As células HaCaT, uma linhagem imortalizada de queratinócitos humanos, foram cultivadas em meio DMEM suplementado e tratadas com FeTcFc (1-1000 μM) ou 5-FU (1-1000 μM) por 24 horas. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de MTT. Após definição das concentrações não citotóxicas de FeTcFc e da dose tóxica de 5-FU (30 μM), as células foram pré-tratadas com FeTcFc (1, 10 e 100 μM) e posteriormente desafiadas com 5-FU. Também foi realizada a quantificação da expressão gênica de P53, Tnfα e Il6 por PCR em tempo real. Os resultados demonstraram que FeTcFc foi citotóxico apenas na concentração de 1000 μM, enquanto o 5- FU reduziu a viabilidade celular nas concentrações ≥30 μM (p<0,05). O pré- tratamento com FeTcFc (100 μM) promoveu aumento significativo da viabilidade celular frente ao 5-FU (p<0,05). Além disso, FeTcFc (1-100 μM) reduziu a expressão de P53, Tnfα e Il6 em comparação ao grupo tratado apenas com 5-FU (p<0,05).

Os resultados sugerem que FeTcFc apresenta efeitos citoprotetores em queratinócitos desafiados com 5-FU. Assim, o FeTcFc pode ser considerado uma potencial estratégia coadjuvante no maneja dos efeitos colaterais em mucosa associados ao uso do 5-FU, como a mucosite oral.

(Apoio: CNPq  N° 403641/2020-9)
PIc0232 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Comparação do número de dentes irrompidos aos 12 meses entre bebês com diferentes medidas antropométricas e níveis de vitamina D e cálcio
Tainah Bohana de Oliveira, Maria Fernanda Lanna, Carmen Ildes Rodrigues Fróes Asmus, Anna Flávia Nunes Lanna, Nataly Damasceno de Figueiredo, Ana Lúcia Vollú, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Foi comparado o número de dentes irrompidos em bebês de 12 meses (ND12) do Projeto CliBin-OrSa associado à coorte PIPA-UFRJ, considerando diferentes medidas antropométricas e níveis séricos de vitamina D (VD) e cálcio (Ca) no sangue do cordão umbilical. Foram excluídos bebês prematuros, com malformação genética, com dente natal/ neonatal, e o segundo gemelar. Variáveis foram coletadas da caderneta de saúde da criança e de exames laboratoriais: sexo, raça/cor, níveis de VD e Ca (normal ou não), além de medidas antropométricas (escore Z) ao nascer: peso (muito baixo + baixo/adequado/elevado), IMC (magreza acentuada + magreza/eutrofia/risco de sobrepeso/sobrepeso + obesidade), e estatura (muito baixa + baixa/adequada). Exames clínicos foram realizados aos 6 e 12 meses. Utilizaram-se os testes T ou ANOVA para comparações entre as médias de ND12, conforme cada variável (p<0,05). Dos 493 participantes, 412 passaram por exames odontológicos aos 12 meses, e 401 tinham dentes irrompidos. O ND12 variou de 0 a 16, com uma média de 6,75±3,16. A maioria era menino (50,7%), cor parda (44,4%), e com níveis normais de VD (53,6%) e Ca (79,7%). O peso e a estatura foram adequados aos 6 (91,7%; 97,9%) e aos 12 meses (92,1%; 97,8%). Quanto ao IMC, observou-se eutrofia aos 6 (74,8%) e 12 meses (66,1%). Não houve diferença entre as médias do ND12, quanto à VD (p=0,378) e ao cálcio (p=0,263). Bebês aos 6 meses, com estatura muito baixa + baixa, apresentaram menor ND12 (4,83±0,75) em comparação àqueles com estatura adequada (6,52±3,12) (p=0,001). Outras variáveis antropométricas não influenciaram o ND12 (p>0,05).

Conclui-se que apenas os bebês com estatura baixa aos 6 meses apresentaram menor número de dentes irrompidos aos 12 meses.

(Apoio: PROFAEX  |  FAPERJ  N° E-26/204.233/2024)
PIc0233 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito local da Vitamina C no tratamento da candidose oral induzida em modelo murino
Ludmilla Oliveira Mantovani, Cristiane Yumi Koga-ito, Noala Vicensoto Moreira Milhan
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Alguns estudos demonstraram in vitro que a vitamina C pode modular fatores de virulência de Candida albicans. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito local da Vitamina C no tratamento da candidose oral induzida em camundongos. Para isso, os animais foram imunossuprimidos com metilprednisolona e inoculados com C. albicans, em dia alternados. Os camundongos foram divididos nos grupos controle (placebo), nistatina (padrão-ouro), e vitamina C. No oitavo dia experimental, após diagnóstico clínico de candidose em língua, a vitamina C foi administrada por via intramucosa em dorso lingual. Esse procedimento foi repetido após 24 horas. Nos mesmos dias experimentais, o grupo controle recebeu injeção intramucosa de água destilada enquanto o grupo nistatina recebeu tratamento tópico com nistatina e injeção de água destilada. Escores clínicos variando de 0 a 4, referentes ao grau de candidose oral, foram atribuídos no dia seguinte ao segundo tratamento (eutanásia). Após eutanásia, as línguas foram maceradas e semeadas em ágar seletivo para contagem de unidades formadoras de colônias de C. albicans. Os escores clínicos indicativos do grau de candidose oral foram ligeiramente inferiores nos grupos nistatina e vitamina C, após os dois dias de tratamento, sem diferença estatística para o grupo controle (p>0.05). Observou-se uma tendência de redução fúngica no grupo vitamina C, que embora não tenha se diferido estatisticamente do controle, também não foi diferente do grupo nistatina (p>0.05).

Embora mais análises sejam necessárias, nossos achados indicam que a vitamina C pode ser um agente terapêutico promissor para a remissão da candidose oral, contribuindo para redução do uso de antifúngicos, associados à resistência antifúngica.

(Apoio: FAPESP  N° 2019/05856-7  |  FAPESP  N° 2021/00046-7  |  CNPq  N° 14206)
PIc0234 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Situações de emergência com o paciente infantil: os estudantes da saúde estão preparados para atuar?
Amanda Rafaela de Oliveira, Claudio Alberto Franzin, Ilma Carla de Souza, Cássia Letícia Curti Croazatto, Núbia Inocencya Pavesi Pini, Matheus Bellanda Peroni, Lucimara Cheles da Silva Franzin
odontologia ASSOCIAÇÃO MARINGÁ DE ENSINO SUPERIOR
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O odontólogo que atende o paciente infantil muitas vezes se depara com emergências, relacionadas a enfermidades sistêmicas, ou acidentes e traumas, que muitas vezes não está preparado. O objetivo foi avaliar o conhecimento de estudantes do último ano de Odontologia, sobre situações de emergências com o paciente infantil. É uma pesquisa transversal, exploratória, quantitativa, com uma amostra de 100 participantes, de uma instituição de Ensino privada do norte do Paraná. Os dados foram coletados por meio de questionário adaptado com 24 perguntas, encaminhadas pelo Google Forms, no período de agosto a dezembro de 2024. Após a coleta, os dados foram analisados por análise descritiva, porcentual, sob a forma de tabelas e gráficos. Cerca de 77% dos participantes já participara de um curso de capacitação em primeiros socorros de 8 a 20 horas, apesar disso, somente 12% se sentia preparado para prestar esses atendimentos, em especial a crianças. 42% sentia segurança emocional para realizar tal fato. Somente 22% relatou possuir conhecimento técnico para prestar atendimentos de primeiros socorros se necessário, sendo que 93% nunca havia tido esta experiência com crianças e nem com adultos (17%). 22% não sabia que serviço acionar em casos de agravo clínico de saúde ou trauma do paciente. Nem o que fazer em casos de queimadura, convulsão. 63% dos estudantes sabiam haver na clínica kits de primeiros socorros, mas somente 33% relatou saber utilizá-los. 87% sabia o que fazer em casos de engasgo infantil, conhecendo a manobra de Heimlinch.

Observou-se dificuldades dos estudantes quanto a situações de emergência na clínica odontológica, e conhecimento para algumas práticas. Assim, deve-se formular estratégias nesta área, afim de alcançar este público

PIc0235 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação do letramento em saúde bucal das mães e do consumo de açúcar com a qualidade de vida de pré-escolares e suas famílias
Gabriella Oliveira da Silva Clemente, Fabio Anevan Ubiski Fagundes, Tainá Fontes de Souza, Lucianne Cople Maia, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou associações do letramento em saúde bucal (LSB) de mães, e do consumo de açúcar (CA) por pré-escolares (PE) com a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) dos PE (CIS) e suas famílias (FIS). Participaram 29 mães de PE (0-2 anos), entrevistadas com a versão reduzida do Brazilian Oral Health Literacy Assessment Task for Paediatric Dentistry, onde quanto maior o escore (0-30), maior LSB. A QVRSB foi medida pelo Brazilian Early Child Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS), em que escores mais altos indicam maior impacto. Analisaram-se variáveis como idade, classe socioeconômica (baixa/média e alta), anos de estudo da mãe, orientação prévia sobre cárie e CA. Modelos de regressão linear bruto e com ajuste (classe, escolaridade e orientação prévia) foram aplicados para avaliar as associações do LSB e do CA com a QVRSB (CIS, FIS e B-ECOHIS total) (α = 0,05). Das mães (30±8,47 anos), 78,3% eram de classe baixa, 58,6% tinham ≤12 anos de estudo e 69% receberam orientações prévias sobre cárie. As médias encontradas foram: LSB = 22,03±4,64; B-ECOHIS total= 4,71±6,15; CIS = 2,79±4,02; e FIS = 1,92±2,60. LSB não foi associado ao B-ECOHIS total (p=0,616), nem ao CIS e FIS (p>0,05). Dos PE (14,10±8,7 meses), o CA esteve presente em 50%, causando maior impacto no B-ECOHIS total (p=0,001), CIS (p=0,002) e FIS (p=0,001). Classe baixa e menor escolaridade materna impactaram mais no CIS (p<0,05). Orientações sobre cárie não foi uma variável associada aos desfechos (p>0,20). No modelo ajustado pela classe e escolaridade, o consumo de açúcar continuou a afetar a QVRSB dos PE e de suas famílias (B-ECOHIS total: p<0,009).

Conclui-se que apenas o CA impacta a QVRSB de PE, independentemente da classe socioeconômica e escolaridade das mães.

(Apoio: CNPq  N° 310225/2020-5)
PIc0236 - Painel Iniciante
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Identificação, por PCR, de cepas de Estreptococos do Grupo Viridans isoladas do sangue de pacientes com Endocardite Bacteriana
Jéssica Lourençon Dubois, Daniel da Cunha Silva, Vera Lucia de Barros Barbosa, Diego Feriani, Cely Saad Abboud, Eduardo Martinelli Franco, Renata de Oliveira Mattos Graner, Livia Araujo Alves
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os Estreptococos do Grupos Viridans (EGV) estão entre os agentes mais frequentes em endocardite bacteriana (EB). O objetivo desse estudo é classificar, taxonomicamente, as cepas de Estreptococos do Grupo Viridans isoladas de pacientes com EB, por PCR, de um centro de referência em Cardiologia de São Paulo. Para isto, foram coletadas amostras de sangue de pacientes com endocardite atendidos no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - IDPC (São Paulo, Brasil) para isolamento de cepas EGV em meio MSA (Mitis Salivarius Agar). De 06/2023 até 04/2025, foram isoladas 23 cepas de EGV e foram incluídas 7 cepas de referência de cada espécie desse grupo. O DNA das 30 cepas foi extraído utilizando Kit de purificação (Epicentre Master PureT). A concentração e pureza das amostras de DNA foi verificada em Nanodrop. A concentração de DNA bacteriano apresentou altos valores de rendimento (média 4712,8 ± 2279,62 ng/µl). A integridade do DNA foi verificada por eletroforese em gel de agarose 1,0%. A classificação taxonômica das espécies de EGV foi realizada com DNA extraído e submetido a reações de PCR com primers grupo- e espécie-específicos. As espécies EGV foram identificadas através de análise qualitativa comparativa de peso molecular do produto de PCR obtido com o DNA das cepas de referência de cada espécie. Existe uma alta prevalência de espécies de EGV isoladas de pacientes com EB na população brasileira, sendo as espécies S. mutans 8,7% (n=2); S. sanguinis 13,04 % (n=3); S. salivarius 8,7% (n=2); S. gordonii 21,73% (n=5); S.mitis 13,04% (n=3) e S. mitis/S. oralis 34,79% (n=8).

Sendo assim, as espécies S. mitis/ S. oralis foram as mais identificadas por PCR entre os EGV isolados de pacientes com EB.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/10623-7  |  FAPESP  N° 2023/02087-8  |  CNPq  N° 104448/2025-3)
PIc0237 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

IMPACTO DA CICLAGEM EROSIVA NA MORFOLOGIA DE ATTACHMENTS ORTODÔNTICOS: AVALIAÇÃO INTEGRADA POR COLORIMETRIA E TRIDIMENSIONAL
Kenderson Santos, Bruna Caroline Tomé Barreto, Katherine Judith de Carvalho Macário P. Silver, Gabriela Drago Vidal, João Victor Ribeiro, Mariana da Silva Fernandes, Matheus Melo Pithon, Margareth Maria Gomes de Souza
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliou-se a coloração e a morfologia tridimensional de attachments (ATTs) ortodônticos expostos à dieta erosiva sob efeito do refrigerante sabor limão. Para isso, setenta coroas de incisivos bovinos foram preparadas e randomizadas em grupos controle (n=10) e experimental (n=60), subdivididos conforme as resinas para confecção dos ATTs Z=XT Z350, FM=bulk fill-3M ESPE, FFM=bulk fill flowable - 3M ESPE, FF=bulk fill - FGM, FFF=bulk fill flowable=FGM. A avaliação tridimensional foi realizada por sobreposição dos escaneamentos realizados antes e após a exposição ao ensaio erosivo (T0 e T1). Após a exposição à erosão, a leitura da cor dos ATTs foi realizada com auxílio do espectrofotômetro digital e comparada a cor obtida no grupo controle. Os dados foram tabulados e submetidos a testes estatísticos adotando nível de significância de 5%. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) demonstrou concordância quase perfeita interexaminadores (0,906; (0,984) e intraexaminador (0,924) para as sobreposições. Estatísticas descritivas foram expressas em média e desvio-padrão para todas as variáveis. Para análise de cor, foi empregado ANOVA de duas vias, revelando significância (p=0,018) *a* na interação resina e controle experimental, com destaque para os grupos Ze (-1,4 (0,8)) e FFMe (-1,3(0,9)) que se apresentaram mais claro que o controle. Concernente às distâncias medidas, a menor apresentada foi de 0,000mm para todos os grupos e a maior foi relatada no grupo FF (0,277mm; (±0,075)).

Com isso, após o ensaio erosivo, concluiu-se que os espécimes apresentaram variações na luminosidade, assim como alterações na morfologia dos ATTs, porém essas diferenças não foram significativas do ponto de vista estatístico.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PIc0238 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Associação entre o tipo de aleitamento e a oferta precoce de alimentos açucarados a bebês: um estudo transversal
Julia Grolla de Sousa, Adriana Farah, Mariana Leonel Martins, Tainá Fontes de Souza, Juliana Depaula, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Neste estudo transversal associou-se o tipo de aleitamento (TA) à oferta precoce de alimentos açucarados (OPAA) para bebês a partir dos 6 meses, cujas mães fizeram o pré-natal na Maternidade Escola-UFRJ. Coletaram-se, por meio de entrevistas, covariáveis relacionadas às mães: classe socioeconômica (alta/ média e baixa), trabalha fora de casa (sim/não), chefe de família (sim/não), escolaridade (<12/≥12 anos de estudo), principal cuidadora (sim/não) e mãe solo (sim/não). Por meio do recordatório dos marcadores de consumo alimentar do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar, o TA até 6 meses (materno/artificial/misto) e a OPAA (sim/não) foram as variáveis independente e dependente investigadas, respectivamente. Empregaram-se o teste do X2 e modelos de Regressão de Poisson bruto e ajustado (mãe solo e nível de escolaridade), considerando p≤0,05. A maioria das 188 mães pertencia à classe baixa (93,4%), não trabalhava fora (63,3%), nem era chefe de família (63,8%) ou mãe solo (73,9%); tinha ≥12 anos de estudo (68,1%) e era a principal cuidadora de seus bebês (83%). O TA da maioria dos bebês foi o materno (52,1%), mas nenhum tipo foi associado à OPAA (p=0,290). Das covariáveis, mães com <12 anos de estudo praticaram mais a OPAA (p=0,036). Nos modelos ajustados, os resultados se mantiveram, pois TA continuou não sendo associado à OPAA e as mães com ≥12 anos de estudo têm menos chance de realizarem OPAA (p=0,05).

Conclui-se que o TA não foi associado à oferta de alimentos açucarados. Entretanto, a maior escolaridade das mães foi um fator importante para que o consumo de açúcar não seja implementado precocemente na dieta dos bebês.

(Apoio: Ebserh)
PIc0239 - Painel Iniciante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Efeito da Infiltração com Resina Icon® na Microdureza do Esmalte após Desmineralização e Envelhecimento Simulado: Estudo Piloto In Vitro
Ana Carolina Marques Corrêa de Oliveira, Beatriz Portela Teixeira da Silva, Fernanda Oliveira Miranda Tavares, Bruna Caroline Tomé Barreto, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Luciana Rougemont Squeff
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O Icon® tem sido proposto como alternativa para reforço estrutural do esmalte, por sua capacidade de infiltrar lesões incipientes e potencialmente aumentar sua microdureza. Este estudo in vitro teve como objetivo avaliar a variação da microdureza do esmalte após desmineralização e tratamento com Icon®, bem como o impacto do envelhecimento simulado. Foram utilizados 6 incisivos bovinos hígidos, seccionados em blocos de 5×5 mm e incluídos em resina acrílica. Os corpos de prova foram submetidos à desmineralização por 72 horas e, posteriormente, à aplicação do Icon®. A microdureza foi avaliada em quatro momentos: inicial (T0), após desmineralização (T1), infiltração (T2) e envelhecimento (T3), utilizando microdurômetro (HMV Micro Hardness Tester). As amostras foram divididas em dois grupos: E1 e E3 (n=3), submetidos à termociclagem simulando um (1.000 ciclos) e três anos (3.000 ciclos) de envelhecimento, respectivamente, entre 5 °C e 55 °C. Os dados foram analisados pelo teste de Friedman e pós-teste de Durbin-Conover, com nível de significância de 5%, utilizando o software Jamovi (v.2.3). Os resultados de T0 (E1: 313 KNH [290-323]; E3: 328 KNH [297-343]) e T1 (E1: 107 KNH [42-206]; E3: 122 KNH [64-226]) indicaram redução significativa da microdureza após desmineralização (p<0,001). Após o tratamento com Icon®, os valores aumentaram (E1: 341 KNH [323-561]; E3: 335 KNH [334-367]), aproximando-se de T0. Em T3, observou-se nova redução significativa (E1: 327 KNH [308-355]; E3: 300 KNH [290-301]) (p<0,001).

Conclui-se que a resina infiltrante Icon® demonstrou eficácia na recuperação da dureza do esmalte desmineralizado, embora os efeitos do envelhecimento possam comprometer parcialmente sua estabilidade mecânica ao longo do tempo.

(Apoio: PIBIC UFRJ)
PIc0240 - Painel Iniciante
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Validação da atividade enzimática de mutanase comercial: Confiabilidade e precisão para estudos antibiofilme
Pedro Vandré Seraphim, Jéssica Silva Peixoto Bem, Ana Cristina Morseli Polizello, Carolina Patrícia Aires
Departamento de Ciencias Biomoleculares FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DE RIBEIRÃO PRETO - USP
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A mutanase é uma enzima hidrolítica capaz de degradar o polissacarídeo extracelular insolúvel (mutano), um dos principais componentes estruturais do biofilme formado por Streptococcus mutans, microorganismo fortemente associado à etiologia da cárie dental. Considerando a ampla utilização de enzimas comerciais em pesquisas e a possível discrepância entre os valores de atividade fornecidos pelos fabricantes e os obtidos experimentalmente, este estudo teve como objetivo validar a atividade específica (U/mg) da mutanase de Trichoderma harzianum (Creative Enzymes, Shirley, NY, EUA), cuja especificação técnica indica 0,8 U/mg. A iniciativa se justifica pela diversidade de métodos para determinação da atividade, muitos dos quais não consideram a insolubilidade do substrato nem asseguram a saturação enzimática, o que compromete a precisão dos dados. A reação foi conduzida com a enzima a 0,02 mg/mL e substrato em concentrações finais de 6, 5, 4, 3, 2 e 1 mg/mL. As reações foram conduzidas por 60 minutos a 40 °C em termomixer a 550 rpm. Após centrifugação, 100 µL do sobrenadante foram coletados para quantificação dos açúcares redutores pelo método do ácido 3,5-dinitrosalicílico (DNS). A absorbância foi convertida em µmol de produto por meio da curva padrão, possibilitando o cálculo da atividade em U/mg. Observou-se formação de platô nas maiores concentrações de substrato, indicando saturação e confirmando a atividade de 0,8 U/mg informada pelo fabricante.

Essa validação experimental é essencial para assegurar a precisão de ensaios com essa enzima em formulações antibiofilme e estudos voltados à prevenção da cárie, evitando distorções nos dados por sub ou superestimação da atividade.

(Apoio: FAPs - Fapesp (Auxílio à Pesquisa - Regular))  N° 2023/08432-9  |  FAPs - Fapesp (Auxílio à Pesquisa - Temático)  N° 2022/03521-0  |  FAPs - Fapesp (Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico)  N° 2023/15647-1)



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