03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2825 Resumo encontrados. Mostrando de 2671 a 2680


PSUS05 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Exame preventivo na população com risco aumentado para o câncer de boca: estudo na atenção primária à saúde do município do Rio de Janeiro
Marcia Frias Pinto Marinho, Maria Clara Frias Lobo Marinho, Aline Corrêa Abrahão, Amanda Martins Dos Santos Bessa, Claudia Aparecida Serra da Cruz, Keith Bullia da Fonseca Simas, Maria Augusta Visconti, Michelle Agostini
Patologia e Diagnóstico Oral UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O câncer de boca é um problema de saúde pública no Brasil, com alta morbimortalidade devido ao diagnóstico em estágio avançado. O estudo comparou estratégias para ampliar o acesso ao exame preventivo da boca (EPB) de indivíduos com risco aumentado para a doença. Um ensaio clínico randomizado em clusters foi realizado em 35 unidades de saúde (US) da atenção primária do município do Rio de Janeiro, distribuídas em três grupos: controle (GC) e dois grupos experimentais (GE I e II). No GC, as US permaneceram realizando o exame oportunístico, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. Nos GE I e II, além do exame oportunístico, agentes comunitários foram qualificados para a promoção da saúde, com ênfase nos fatores de risco para o câncer de boca, e para a identificação e convocação de indivíduos com risco aumentado ao EPB, realizado por dentistas, médicos e enfermeiros treinados. Após 10 meses, no GE I implementou-se busca ativa em visitas domiciliares e no território dos não comparecidos; no GE II, promoveu-se campanha de conscientização e EPB durante um mês. A amostra foi composta por 3.783 indivíduos distribuídos entre os três grupos e 496 profissionais nos GE. Um ano após o início da intervenção, o EPB foi realizado em 3,63% da amostra do GC, contra 41,29% no GE I e 36,61% no GE II. Entre os efetivamente convocados, 77,19% (GE I) e 80,99% (GE II) compareceram, evidenciando a eficácia da conscientização e convocação. Nos GE foram realizadas 15 biópsias, com diagnóstico de 5 casos de câncer e 6 desordens potencialmente malignas.

A intervenção demonstrou que ações proativas são eficazes para ampliar o acesso da população com risco aumentado ao EPB, promovendo condições favoráveis à detecção precoce do câncer de boca e contribuindo para reduzir desigualdades.

(Apoio: CNPq  N° 420633/2023-5  |  FAPERJ  N° E-26/210.635/2024)
PSUS06 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Qualidade das fichas de referência para lesões bucais em um centro público de especialidades odontológicas no Brasil
Beatriz Pontim Pistolato, Lorena Gasques Contin, Hugo Sobrinho Bueno, Caroline Liberato Marchiolli, Luciana Estevam Simonato
Graduação UNIVERSIDADE BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A qualificação das fichas de referência é essencial para garantir uma abordagem clínica eficaz e oportuna. Esses documentos devem ser objetivos e conter informações relevantes para evitar atrasos no diagnóstico e no tratamento. No entanto, são escassas as investigações sobre como essas referências vêm sendo estruturadas no contexto brasileiro. Avaliar a qualidade desses registros pode subsidiar estratégias de capacitação profissional e fortalecer a comunicação entre os níveis de atenção. As fichas de referência foram analisadas a partir dos prontuários do Serviço de Estomatologia do Centro de Especialidades Odontológicas (Fernandópolis, Brasil). Os prontuários clínicos foram revisados de novembro de 2022 a outubro de 2024. Todos os dados foram analisados no Microsoft Excel. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Brasil (parecer nº 7.024.490). Este estudo analisou 369 fichas de referência recebidas por um serviço público de estomatologia no estado de São Paulo, classificadas como pobres, regulares, boas ou excelentes, com base em oito critérios clínicos. Foram observados 56 (15,18%) encaminhamentos pobres, 231 (62,60%) regulares, 80 (21,68%) bons e apenas 2 (0,54%) excelentes. Os itens mais frequentemente preenchidos foram localização da lesão (84,82%), morfologia (82,66%) e hipótese diagnóstica (70,19%). Já o tempo de evolução (12,20%), consistência (5,96%), limites (2,44%) e tamanho (1,90%) foram raramente informados.

Os achados evidenciam falhas importantes na comunicação clínica e reforçam a necessidade de protocolos padronizados que promovam referências mais completas, favorecendo o diagnóstico precoce de lesões bucais.

PSUS07 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Evolução de indicadores de saúde bucal e atenção básica no Brasil: Análise temporal de 2007-2023
Maria de Lara Araujo Rodrigues, Angelo Santiago Pião, Tatiane Abadia de Oliveira, Eduarda Betiati Menegazzo, Álex Moreira Herval, Jaqueline Vilela Bulgareli
Saúde Coletiva e Odontologia Legal UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo propôs avaliar a trajetória histórica dos indicadores relacionados à cobertura de saúde bucal e atenção básica no Brasil. Estudo ecológico com dados secundários da de indicadores de Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família (ESFSB) e da Atenção Básica (SB-AB), obtidos do Sistema de Informação e Gestão da Atenção Básica (e-Gestor/SISAB) e do DATASUS - SIA/SUS, referentes aos últimos 16 anos (2007 a 2023). As variáveis analisadas foram: municípios, regiões e macrorregiões de saúde, Indicador de Cobertura da ESFSB/SB-AB e o Indicador de Cobertura de Primeira Consulta Odontológica Programática (CPCO) para as 27 Unidades Federativas do Brasil. A análise de tendência utilizou a variação percentual anual (VPA). Observou-se tendência constante da cobertura da CPCO em todos os estados. A cobertura da ESFSB apresentou tendência de crescimento em 20 estados, com destaque para o Distrito Federal (DF) (VPA=249,23; p=0,011). Na Cobertura de Atenção Primária à Saúde, 13 estados apresentaram aumento significativo, especialmente no DF (VPA=62,77; p=0,002) e no Pará (VPA=39,93; p=0,002), enquanto Paraíba (VPA=1,62; p = 0,033) e Sergipe (VPA=-0,29; p = 0,037) apresentaram redução. Os dados revelaram uma queda da CPCO nos anos iniciais, entre 2007 e 2013, seguida de uma estabilização a partir de 2014, com discreta recuperação em 2023.

A análise reforça as desigualdades regionais e evidencia que, apesar dos avanços em algumas áreas, o acesso ao cuidado odontológico segue desafiador.

PSUS08 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Iniquidades na distribuição de cirurgiões-dentistas de atenção primária à saúde no Brasil entre 2005 e 2015
João Victor Inglês de Lara, Doralice Severo da Cruz, Tatiana Natasha Toporcov
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo analisou as iniquidades socioeconômicas na distribuição de cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS em municípios brasileiros entre 2005 e 2015. Trata-se de estudo ecológico com dados públicos dos anos de 2005 e 2015, tendo os municípios como unidade de análise. Os dados sobre a distribuição dos cirurgiões-dentistas foram analisados por razão de 10 mil habitantes (DENTAPS/HAB), e relacionada a variáveis socioeconômicas Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), taxa de analfabetismo, proporção de pessoas com baixa renda e Índice de Gini. Aplicaram-se as medidas complexas de desigualdade Slope Index of Inequality (SII) e Relative Index of Inequality (RII), usando quintis do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) como exposição e razão DENTAPS/HAB como desfecho. De 2005 a 2015, a razão DENTAPS/HAB aumentou em municípios com IDH-M muito baixo (1,8 para 2,0) e muito alto (0,8 para 1,7), manteve-se no IDH-M baixo (2,7) e reduziu nos estratos médio (3,1 para 2,9) e alto (3,6 para 2,7), com variações regionais no Brasil. O SII caiu de 2,03 para 0,88 e o RII de 1,92 para 1,31 (p<0,001), indicando redução das iniquidades. Ainda assim, municípios pertencentes aos extremos do IDH-M concentraram as maiores iniquidades, conforme análise dos índices complexos de desigualdade relacionados a análise dos indicadores socioeconômicos.

Conclui-se que a reorganização da saúde bucal na APS, impulsionada pela PNSB, contribuiu para reduzir iniquidades na distribuição de cirurgiões-dentistas. Persistem, no entanto, desigualdades relevantes em áreas com menor desenvolvimento humano, destacando a necessidade de políticas que garantam acesso equitativo aos serviços odontológicos no SUS.

PSUS09 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Atenção odontológica à gestante no SUS: O papel do Previne Brasil no acesso ao Pré-natal Odontológico
Francisca Marília Cruz Brasileiro, Maria Gerusa Brito Aragão, Guido Artemio Marañón-vásquez, Andrea Domingues Ribeiro Toneto, Caroline Amaro da Silva, Mariné Olmos Villagomez, Francisco Wanderley Garcia de Paula-silva
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo visa analisar, de forma descritiva, as mudanças no acesso ao Pré-natal Odontológico (PNO) no Brasil, tanto em nível regional quanto nacional, antes e após a implementação do programa Previne Brasil (PB), entre os anos de 2018 e 2024. Além disso, foram coletadas informações sobre ações de aplicação tópica de flúor (ATF) e escovação bucal supervisionada (EBS) lideradas por cirurgiões-dentistas. Para a coleta de dados, foram utilizadas informações disponíveis publicamente no Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB), extraídas em fevereiro de 2025. A análise estatística descritiva revelou um aumento no percentual de gestantes com acesso ao PNO ao longo do período avaliado. Comparando os dados de PNO em três quadrimestres (Q1, Q2 e Q3) nos anos de 2018 e 2023, observou-se uma notável progressão nas taxas de cobertura em nível nacional: 2018 (12%, 14%, 14%) e 2023 (58%, 62%, 59%). Embora houvesse um ligeiro aumento no número de atividades de ATF (de 1.450 em 2018 para 1.665 em 2024), observou-se uma queda no número de gestantes participantes (de 31.591 em 2018 para 24.850 em 2024). O mesmo padrão de redução foi identificado nas atividades de EBS, que registraram 2.144 atividades em 2018 e 1.745 em 2024, com a participação de gestantes diminuindo de 39.683 para 25.585 durante o mesmo período.

Os resultados demonstram que o PNO, como um indicador de saúde bucal no contexto do PB, contribuiu para ampliar o acesso das gestantes à atenção à saúde bucal no Brasil. Este avanço ressalta a importância do SUS na promoção de políticas de saúde que priorizam o cuidado integral das gestantes.

PSUS11 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Facilitadores e barreiras à implementação do MonitoraSB na gestão estadual de saúde bucal: estudo qualitativo baseado no CFIR
Raquel Conceição Ferreira, Viviane Elisângela Gomes, Elisa Lopes Pinheiro, Rosana Leal do Prado, Antônio Paulo Gomes Chiari, Mitsue Fujimaki, Tânia Harumi Uchida, João Henrique Lara Amaral
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O MonitoraSB é uma iniciativa de monitoramento dos serviços de saúde bucal baseada em indicadores calculados com dados do e-SUS APS e no uso de ferramentas digitais. Objetivou-se avaliar facilitadores e barreiras à sua implementação na gestão estadual de saúde bucal de seis estados brasileiros (AM, BA, MS, MG, RJ, SC). A coleta de dados foi realizada por entrevistas individuais com profissionais das Secretarias Estaduais de Saúde (SES), seguindo roteiro baseado nos domínios e construtos do Consolidated Framework for Implementation Research, para caracterizar o cenário interno à implementação. As entrevistas, gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo, envolveram seis coordenadores estaduais de saúde bucal, três diretores de Atenção Primária à Saúde e uma referência administrativa. Entre os facilitadores, destacaram-se o comprometimento dos gestores com a organização dos serviços, o investimento em setores específicos de tecnologia da informação, monitoramento e avaliação e a valorização da saúde bucal como área transversal. Entre as barreiras, sobressaíram a fragilidade de vínculos e instabilidade das equipes, a baixa autonomia das coordenações, a fragmentação da gestão e a assimetria de poder. Observou-se uma cultura incipiente de monitoramento e avaliação, embora o MonitoraSB tenha gerado expectativas positivas quanto ao acesso a dados qualificados e à maior visibilidade da saúde bucal. O Monitoramento e Avaliação foram associados, principalmente, à ampliação da cobertura dos serviços e ao financiamento.

Há um consenso discursivo sobre a necessidade e a importância do monitoramento e avaliação, mas a prática ainda enfrenta grandes desafios - ou, em alguns casos, encontra-se ausente - no campo da saúde bucal.

(Apoio: CNPq  N° 445286/2023-7)
PSUS12 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da satisfação dos usuários da Atenção Primária à Saúde com atendimento odontológico em um município ao sul do Brasil
Sarah Arangurem Karam, Luísa Jardim Corrêa de Oliveira, Iná da Silva dos Santos
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a associação entre resolução do problema que motivou a consulta e receber orientação sobre higiene bucal com satisfação com o atendimento odontológico, entre usuários da rede de Atenção Primária à Saúde em Pelotas. Estudo transversal tendo como unidade amostral as Unidades Básicas de Saúde do município. Os usuários foram entrevistados na sala de espera e após a realização da consulta. O desfecho (satisfação com atendimento odontológico) foi classificado em "Satisfeito", "Mais ou menos satisfeito" e "Insatisfeito". As exposições foram: resolução do problema que motivou a consulta odontológica (sim/não) e receber orientação sobre escovação (sim/não) e uso do fio dental (sim/não). Foi realizada regressão logística ordinal, mensurando Razão de Odds (RO) e Intervalo de Confiança de 95% (IC95%). Foram entrevistados 303 indivíduos, dos quais 86,1% estavam satisfeitos, 8,9% mais ou menos satisfeitos e 5%, insatisfeitos. Orientações sobre escovação e uso de fio dental foram referidas, respectivamente, por 41,9% e 43,2% dos entrevistados. Os usuários cujo motivo da consulta foi resolvido tiveram 19 vezes mais chance (RO 19,36 [IC95% 9,10; 41,20]) de estarem satisfeitos com o atendimento odontológico, em comparação com quem não teve seu problema resolvido. Os usuários que receberam orientações sobre escovação e uso do fio dental tiveram cerca de 2 vezes mais chance (RO 2,35 [IC95% 1,14; 4,88]; RO 2,17 [IC95% 1,06; 4,41], respectivamente) de relatar satisfação com o atendimento do que aqueles que não receberam essas orientações.

Neste estudo, a resolução do motivo da consulta destacou-se como fator mais fortemente associado a satisfação do que as ações educativas, reforçando a importância de um atendimento resolutivo.

(Apoio: FAPs - Fapergs   N° 24/2551-0001930-8)
PSUS13 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

Evolução da oferta de próteses dentárias no município do Rio de Janeiro à luz da Política Nacional de Saúde Bucal
Renata Rocha Jorge, Márcia Maria Pereira Rendeiro, Katlin Darlen Maia, Keith Bullia da Fonseca Simas, Maria Isabel de Castro de Souza, Andréa Lanzillotti Cardoso, Celso da Silva Queiroz, Antonio José Ribeiro de Castro
PRECOM UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou a produção de próteses dentárias pelo Sistema Único de Saúde no Município do Rio de Janeiro, de 2020 a 2024. Caracterizou-se como estudo descritivo e longitudinal, utilizando dados secundários consolidados de domínio público, das 10 Áreas de Planejamento. Com base na Resolução nº 510/ 2016, do Conselho Nacional de Saúde, foi dispensada a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para a coleta dos dados, acessou-se o Departamento de Informática do SUS, sendo identificados os procedimentos: 0701070129 - prótese total mandibular (A), 0701070137 - prótese total maxilar (B); 0701070099 - prótese parcial mandibular removível (C) e 0701070102 - prótese parcial maxilar removível (D). Os períodos analisados e, dependentes da alimentação dos dados, foram: 2020 (ano completo), 2021 (ano completo), Janeiro-Junho/2022, Janeiro-Junho/2023 e Janeiro-Junho/2024. Os dados foram organizados em planilha Excel® e a análise utilizando o Python. Quanto à produção total de próteses por período verificou-se: 2020 (n=128); 2021 (n=187); 2022 (n=290); 2023 (n=1.047) e 2024 (n=2.564). Quanto ao tipo de prótese, verificou-se para A (n=1.232) e B (n=1.727), apresentando produção superior às próteses C e D. O maior crescimento percentual (tipo de prótese) ocorreu entre 2022 e 2023, com taxas variando de 200 a 300%. A produção em 2020 e 2021 foi consideravelmente menor em comparação com os anos subsequentes.

Conclui-se que houve um aumento expressivo na produção e oferta de próteses no período analisado, podendo este ser reflexo da reorganização dos serviços já existentes, ampliação dos serviços da atenção básica, contratação de novos laboratórios e atuação efetiva na organização do fluxo. Porém, longe de contemplar as demandas reprimidas.

PSUS14 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

VIGILÂNCIA DA DOR DE DENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NOS MUNICÍPIOS BAIANOS E FATORES CONTEXTUAIS ASSOCIADOS DE 2014 A 2024
Letícia Araújo Moncôrvo Lima, Bruna Mayara da Veiga, Alcir José de Oliveira Júnior, Haroldo José Mendes, Temistocles Damasceno Silva, Manoelito Ferreira Silva-Junior
DS I UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar os fatores contextuais associados à notificação de dor de dente na Atenção Primária à Saúde (APS) entre municípios baianos de 2014 a 2024. O estudo ecológico utilizou dados secundários de vigilância da dor de dente do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica. Além disso, foram extraídos outros dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (População), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e Índice de Vulnerabilidade Social), Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (Índice de gini) e E-gestor (Cobertura de Saúde Bucal na Atenção Básica). Após o cálculo da taxa anual municipal foi realizada a comparação das médias anuais pelo teste de Mann Whitney (p<0,05). A taxa média para os 417 municípios baianos foi de 23,4 casos notificados de dor de dente na APS por 1.000 habitantes/ano, sendo a menor taxa em 2014 (4,2 por 1.000 hab./ano) e a maior em 2023 (33,9 por 1.000 hab./ano). As taxas anuais apresentaram tendência ascendente. As maiores taxas de notificação de dor de dente na APS foram encontradas nos municípios com menor porte populacional (2016 a 2024), maior cobertura de saúde bucal na atenção básica (2016 a 2024), maior desenvolvimento humano (2016 a 2018) e maior desigualdade de renda (2014) (p<0,05). Não houve diferença com vulnerabilidade social (p>0,05).

As taxas de casos notificados de dor de dente na APS tem aumentado ao longo dos anos nos municípios baianos. Embora nos anos iniciais as maiores taxas foram encontradas em municípios com maior desenvolvimento humano e maior desigualdade de renda, nos últimos anos, tem ocorrido nos municípios de menor porte populacional e maior cobertura de saúde bucal.

PSUS15 - Pesquisa Odontológica no Sistema Único de Saúde
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 08h30 às 12h00 - Local: Salão Turquesa

DOENÇA FALCIFORME, ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO NA APS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: O QUE DIZEM OS DADOS DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2013 E 2023?
Márcia Pereira Alves dos Santos, Ana Paula da Cunha, Flávia do Bem Castilho de Almeida
Odontologia Legal e Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Doença Falciforme (DF) é uma hemoglobinopatia genética hereditária que afeta majoritariamente a população negra como um problema de saúde pública e repercussões na saúde bucal (SB). O racismo se expressa de diferentes formas, dentre elas, a fragilidade das políticas públicas para a população negra. Os sistemas de informação em saúde (SIS) subsidiam o planejamento e tomada de decisão, já que permitem sistematizar dados e obter informações individuais e coletivas para qualificar a política pública específica, e em certa medida, podem dimensionar o acesso. O estudo objetivou analisar, por meio dos SIS, o acesso dos usuários com DF a consultas odontológicas na atenção primária à saúde (APS) no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2013 e 2023. Tratou-se de um estudo ecológico com dados secundários dos SIS da Atenção Básica (SISAB), Ambulatorial (SIA) - abertos; e da SESRJ de acesso restrito (SIS Web-hemoglobinopatias, Horus e SESRJ/estadual - HEMORIO) para os CID 10 D 57, 57.0, 57.1, 52.7 e 57.8, entre 2013 e 2023, nos 92 municípios. Realizou-se um cruzamento dos dados do perfil social, condição médica, uso da hidroxiúreia, equipes de SB, cobertura das equipes de SB, consulta ambulatorial e acesso à consulta odontológica nos respectivos CID e SIS supracitados. Foram minerados 4.671 registros de casos de pessoas com DF no estado do Rio de Janeiro, o que representou 3 pessoas com DF a cada 10.000 habitantes. A razão atendimentos odontológicos na APS/pessoas com DF/ano não atingiu 01(um). Não houve qualquer registro de atendimento odontológico em 42% dos municípios que tinham pessoas com DF registrados nos SIS.

O atendimento odontológico para pessoa com DF é muito limitado ou inexiste. Mostra a expressão do racismo pela negligência e barreira de acesso.




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